quinta-feira, 7 de junho de 2007

Quinto ou Sexto Sentido?

A do outro era de canela,
A tua não sei, mas...
É algo fresco e renovador,
Singular e único...
Não recordo o sabor,
Mas sim a marca.

Sinto o teu aroma,
A dois beijos de distância...
A tua respiração,
As tuas linhas,
A tua ânsia,
Na minha mão...

Solta como o vento,
Entre as cearas de trigo,
E voando pelo mar,
Sinto que é o teu comportamento...

Algo me diz para parar,
Para pensar e aguardar,
Para nas próximas marés
Eu te navegar...

Aguardo com suor,
Pelo teu suor...
Pela tua dor...
Pela tua alegria...
E quiçá, pelo teu amor...

‘Tou parado, mas...
Como um relógio...
Em que pelo menos
Duas vezes ao dia ‘tá certo.
Paro no tempo e penso,
Será que me adianto?
Será que tou atrasado?
Não urso...! Estás parado...

Espero que a areia,
Caia rápido pela ampulheta.
Para saber se a rosa,
Do meu jardim,
Pode crescer...
Com as suas pétalas,
Doces, suaves e macias,
Húmidas pelo o orvalho do meu ser...
Com os seus espinhos,
Rijos, aguçados e frios
Que me rasgam...

Rasgam como uma faca,
Uma faca de dois dedos,
Que não corta, mas rasga...
E magoa, escorrendo sangue...


Espero que a noite,
Te traga de volta,
Como sempre trouxe...
E que o dia te acompanhe...

Pelos dias e caminhos,
Desejados pelos teus olhos...
Finos e indiscretos,
Suaves, mas inquietos...
Que leio às cegas...

Espero não contar o tempo
Como o ritmo de uma música,
Em que temos notas fora de tom...
Em que espero por ti,
E pelo teu som...

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