quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Natura...

Surges numa ausência de olhares.
Reparo em ti desde sempre,
Paro para respirares…
Como se brisa marítima se tratasse…

Os teus lábios congelam o meu olhar,
Desculpa por não beijar
Mas não consigo parar de olhar
E imaginar…
Como seríamos num só,
Como me deslumbras sem dó…

A tua sombra simpática,
Deixa-me confuso, mas acordado.
Sem que toque guitarra
Nem fado…

Desvanecido a teus pés,
Corres no pensamento
Sem que note…
No breu da imaginação
Encontras-te num coração…

O aroma dos teus cabelos,
Sugere algo silvestre e virgem.
Algo singular e íntimo…
Como uma Amazónia…

Olhas-me assim,
Com esse teu olhar,
Consegues tudo de mim…
Tens um olhar e uma postura
Tão suave e tão dura,
Lembras-me um gato…

Consegues ser tão quente,
Como as dunas do Sahara,
Em pleno dia ardente,

Esculpidas pelo vento…

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